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Entidades empresariais cortam o Bolo Tributário


Data: 25 de maio de 2010
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Entidades empresariais de Blumenau serviram à comunidade nesta terça-feira, 25, um bolo de 15 metros e 300 quilos contendo impressos os nomes de todos os 85 tributos pagos pela contribuinte brasileiro. A ação, que marcou o Dia do Contribuinte, foi uma maneira que lideranças locais encontraram para protestar contra a alta carga tributária e a burocracia no Brasil. Durante o evento, que ocorreu no Centro da cidade, também houve exposição de um impostômetro, aparelho que mede a quantidade de impostos já paga pelos brasileiros no ano. Em pouco menos de duas horas, todas as 3 mil fatias do bolo foram distribuídas gratuitamente.

O objetivo da iniciativa foi mostrar à população o quanto a carga tributária é onerosa ao contribuinte, explica Leomir Minozzo, coordenador da Intersindical Patronal de Blumenau e região. “Estamos aqui para protestar, para falar da necessidade urgente de uma reforma tributária. Trabalhamos 148 dias por ano apenas para pagar imposto”, discursou o dirigente. “Pagamos muito, e o que volta? Muito pouco”, complementou, em seguida, a presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Blumenau (Sescon), Daniela Zimmermann Schmitt.

Além dos sindicatos patronais, entidades empresariais da cidade também apoiaram e prestigiaram a iniciativa. “Essa ação demonstra como é difícil a realidade não apenas dos contribuintes, mas também das empresas”, declarou o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Ronaldo Baumgarten Junior. “Como representantes das empresas, temos a obrigação de manifestar nosso descontentamento”, disse o presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas (Ampe), Amarildo Ramos.

Já o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau (CDL), Paulo Lopes, preferiu exemplificar como a alta carga tributária pesa no bolso do contribuinte. “Cerca de 45% do rendimento do contribuinte é destinado ao pagamento de imposto. Enquanto a média mundial de incidência de tributos em alimentos é de pouco mais de 6%, no Brasil esse índice chega a 22,5%”, comparou. “Pagamos impostos de primeiro mundo e temos retorno de terceiro”, acrescentou Marco Aurélio Hirt, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sindilojas).

Percentual de impostos sobre o preço final de alguns produtos e serviços:

• Gasolina: 57,03%
• DVD: 51,59%
• Casa popular: 49,02%
• Conta de telefone: 47,87%
• CD: 47,25%
• Refrigerador: 47,06%
• Refrigerante: 47%
• Conta de luz: 45,81%
• Água: 45,11%
• Automóvel: 43,63%
• Computador: 38%
• Medicamentos: 36%
• Trigo: 34,47%
• Leite: 33,63%
 
 

Fonte: Pedro Machado - Assessoria de Imprensa - Sescon Blumenau

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