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Contabilidade como instrumento de decisão nas empresas


Data: 10 de outubro de 2012
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A última noite do I Eneccont teve como palestrante o doutor em Contabilidade e professor da FEA/USP, José Carlos Marion. Ele apresentou como é fundamental a Contabilidade num cenário de mortalidade das empresas, afinal no Brasil cerca de 40% das empresas fecham as portas antes de completar dois anos. “Os contadores são agentes de mudança e podem contribuir muito com o sucesso das empresas”, comentou.


Ao mostrar a realidade no país, Marion ressaltou que nos mercados desenvolvidos há mais contadores / auditores e menos corrupção. No comparativo, o Brasil está muito deficitário. Enquanto na Nova Zelândia são 550 auditores para cada 100 mil habitantes, na Dinamarca 106 e no Chile 87, no Brasil temos apenas um contador nesta proporção.
“O panorama atual nos revela que 98,8% das empresas são médias ou de pequeno porte, representam 60% dos empregos. E os jovens são empreendedores, o que significa que a Contabilidade tem papel fundamental na orientação dessas empresas”, disse o professor, complementando: “Os contadores são os bons gestores de ativos e a realidade que enfrentam são empresas criadas por falta de opção, empresários que não estavam preparados ou que foram empurrados por necessidade e não por oportunidade”.


O sistema de franquias foi apresentado por Marion como um bom exemplo de como as ferramentas gerenciais ajudam a evitar a mortalidade. Cerca de 20% das franquias fecham as portas em menos de cinco anos, pois possuem suporte do franqueador e gestão compartilhada. “Nós contadores podemos contribuir mais para as empresas e olhar o cliente como um parceiro, assim como nas franquias. O trabalho do contador não é apenas burocrático, é um processo econômico, já que podemos mostrar técnicas de gestão e orientar a interpretar fluxo de caixa, entre outros instrumentos decisórios”, alertou o professor.


Sabe-se que de 200 mil empresas que fecham as portas por ano, 78% o fazem por falhas gerenciais. E das 30 razões que levam as empresas a fechar as portas, pelo menos 20 a Contabilidade pode resolver, como controle de caixa, gestão de ativo, controle de estoque e custos. Ele encerrou sua fala citando o mago dos negócios Warren Buffett, que definiu a Contabilidade como a língua dos negócios. “O contador é o médico das empresas, pois diagnostica e pode oferecer novos rumos para garantir a saúde das mesmas”, finalizou.

 

 


ATITUDES VENCEDORAS

Para encerrar o evento, Giovani Zanetta fez uma animada palestra comportamental focando a autoestima e a perseverança nas atitudes. Ele iniciou fazendo toda a plateia se levantar e abraçar os colegas que estavam próximo. Depois de interagir com todos, Giovani discorreu sobre as características ideais para os profissionais atingirem o sucesso. “É preciso estar acima da média e ter atitude, que é o momento de parar de pensar e começar a agir”, disse ele.
Com muitas brincadeiras, o palestrante focou as ações comportamentais do dia-a-dia: “não reclame, seja positivo e agradeça as conquistas de cada momento. Seja uma pessoa boa hoje, não espere o amanhã”. Ao falar de autoestima, mostrou que quando se tem caráter é possível transformar-se em modelo, o que torna a pessoa confiante e mais criativa. “O profissional precisa ser pró-ativo, perseverar e esquecer as atitudes negativas”.

 

 

O 1º Eneccont ocorreu em Chapecó de 8 a 10 de outubro e reuniu mais de 1200 estudantes e profissionais. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Contabilistas de Chapecó e Região (Sindicont) e nove instituições de ensino superior da região Oeste, e teve o apoio do CRCSC e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

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