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Impostos e qualificação são maiores obstáculos para contratação


Data: 14 de maio de 2013
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Para Gil Van Delft, diretor-geral da Page Personnel, a combinação desses dois elementos muitas vezes "freia a abertura de novos postos de trabalho”.

 

No Sudeste, as maiores queixas apontadas foram encargos tributários (66,5%), falta de mão de obra qualificada (41,1%) e baixa produtividade dos trabalhadores (24,4%). Na região Sul, os fatores listados aparecem na mesma ordem, mas com os seguintes percentuais: 58,6%, 53,4% e 27,6%, respectivamente.

 

Já no Nordeste, a falta de mão de obra qualificada é o principal entrave ao crescimento (66,7%), seguido de baixa produtividade (45,8%) e impostos (41,7%).

 

A pesquisa foi realizada em dezembro de 2012 e janeiro de 2013 com 850 respondentes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Participaram do levantamento analistas, coordenadores, gerentes, diretores e CEOs de diversas empresas e setores.

 

Carências dos profissionais

O estudo também verificou quais eram as principais carências dos profissionais de cada região.

No Nordeste, o principal ponto era a falta de conhecimento técnico (70,8%), seguido por proatividade (37,5%) e comunicação/postura (33,3%).

 

No Sudeste, foram listadas a ausência de conhecimento técnico (48,3%), proatividade (42,6%) e visão estratégica (37,8%).

 

No Sul, os representantes das indústrias indicaram o conhecimento técnico (43,1%), visão estratégica (37,9%), proatividade e domínio de um segundo idioma (31%) entre as principais deficiências dos trabalhadores da região.

 

Expansão das operações

“Apesar dos obstáculos ao crescimento, ainda há espaço para novas contratações. Muitas empresas têm se queixado constantemente da falta de mão de obra adequada no Brasil. Há uma dissonância entre o que o mercado espera tecnicamente desses trabalhadores e o que a grande maioria deles tem a oferecer”, analisa Gil.

 

Em todas as regiões pesquisadas, a maioria dos executivos mostrou-se otimista em relação à expansão das operações e ao aumento do quadro de funcionários. Quando questionados sobre a possibilidade de expandir as operações em 2013, o maior índice foi verificado no Nordeste (96%), seguido pelo Sudeste (87%) e Sul (86%). Para o aumento do quadro de funcionários, a maior expectativa foi encontrada no Nordeste (79%) junto com Sudeste e Sul, ambos com 71%.

 

Focos de investimentos

O levantamento conseguiu captar quais áreas receberiam mais investimentos em contratações em 2013. Aparece no topo das preferências a área de operações em todas as regiões pesquisadas, diferenciando-se apenas pelos percentuais: Sudeste (61,7%), Nordeste (57,9%) e Sul (56,1%).

 

No Nordeste, as outras áreas apontadas para receber aportes em novos postos de trabalho foram Tecnologia (42,1%), Vendas (31,6%) e Logística e Finanças (15,8%). Na região Sudeste aparem os setores de Vendas (37,6%), Tecnologia (21,5%) e Finanças (16,8%). E no Sul figuram as áreas de Vendas (39%), Tecnologia (26,8%) e Finanças (14,6%).

 

Profissionais querem melhores salários e mais benefícios

A pesquisa da Page Personnel também procurou conhecer as prioridades dos candidatos quando procuram uma oportunidade de emprego.

 

No Sul, as chances de crescimento profissional são a primeira opção da lista (80,4%), acompanhada de salário (73,9%) e ambiente de trabalho (56,5%). Na região Nordeste, aparece no primeiro lugar o ambiente de trabalho (73,9%), seguido por salário (56,5%) e chances de crescimento (52,2%). No caso do Sudeste, a primeira opção dos trabalhadores é a chance de crescimento (74,7%), acompanhada de salário (73,9%) e ambiente de trabalho (65,5%).

 

Problemas de vagas ofertadas

Na hora de procurar um emprego, os profissionais indicaram os principais problemas das vagas ofertadas no mercado. Em todas as regiões levantadas, a maioria dos candidatos apontou baixos salários e falta de plano de carreira como as maiores problemáticas das ofertas de emprego.

 

Para os trabalhadores da região Sul, encabeçaram as reclamações os baixos salários (56,5%), falta de plano de carreira (43,5%) e benefícios inadequados (28,3%). No Nordeste, liderança para baixos salários (65,2%) juntamente com falta de plano de carreira (52,2%) e benefícios inadequados (39,1%). No Sudeste, aparecem baixos salários (52,6%), falta de plano de carreira (51,5%) e ausência de treinamento (29,4%).

 

“Os candidatos estão de olho nas oportunidades que ofereçam melhores salários e um plano de carreira adequado. Eles buscam empresas que ofereçam, além de uma boa remuneração, oportunidade de crescimento e ambiente de trabalho. As empresas precisam ficar atentas a essas reivindicações para melhorarem a política de atração e retenção de talentos”,

“Importante ressaltar também que mesmo com os gaps apresentados pelas empresas em relação aos profissionais das diferentes regiões, a maiora dos candidatos acredita que está preparada para exercer suas funções dentro de todas as exigências do mercado. Isto torna o abismo entre o candidato perfeito e o candidato disponível ainda maior e os processos seletivos cada vez mais difíceis”, conclui Gil. 

 

Fonte: DCI – SP

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