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2013 é um ano especial para os profissionais do setor contábil


Data: 24 de junho de 2013
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2013 é um ano especial para os profissionais do setor contábil, que comemoram o “Ano da Contabilidade no Brasil”. Em Mato Grosso do Sul, as comemorações vão mais além por conta do lançamento, pelo Conselho Regional de Contabilidade, do 1º Balanço socioambiental, da construção de sua nova sede e pelo acirramento da luta pela implantação do Curso de Ciências Contábeis na UFMS. Para falar sobre esses e outros assuntos, o entrevistado da semana é o contador Carlos Rubens de Oliveira, 59 anos, presidente do CRC/MS.

 

A Crítica – Foi lançada este ano, no Congresso Nacional, a Campanha intitulada “2013: Ano da Contabilidade no Brasil”. Qual o objetivo dessa iniciativa?

Carlos Rubens de Oliveira – Com essa campanha o Conselho Federal de Contabilidade e seus Conselhos Regionais, apoiados, pelas demais entidades do sistema contábil brasileiro, pretendem dar um passo decisivo na busca do reconhecimento que a profissão contábil merece. A iniciativa vai acrescentar um novo capítulo à história da profissão no Brasil. Irá transmitir informações sobre a verdadeira imagem da profissão contábil e sobre o papel da contabilidade, que vive momento de importante evolução, tanto em âmbito nacional quanto internacional.

 

A Crítica – Como será desenvolvida a campanha?

Carlos Rubens de Oliveira – Através de um grande conjunto de ações de marketing, de forma conjunta e coordenada, para transmitir informações sobre a verdadeira imagem da profissão contábil. Para, entre outros objetivos, informar à sociedade quais são os serviços prestados pelos profissionais da contabilidade; conscientizar a população a respeito da importância do profissional para o desenvolvimento socioeconômico do país, mostrando que a atuação do profissional da contabilidade não se restringe à prestação de contas ao fisco. Pelo contrário, ele é responsável pela saúde financeira de uma organização ao gerar informações contábeis precisas e necessárias, as quais são imprescindíveis aos gestores na tomada de decisões.

 

A Crítica – Uma audiência pública discutiu recentemente a implantação do Curso de Ciências Contábeis na UFMS. Como o CRC/MS vê isso?

Carlos Rubens de Oliveira – Com muita satisfação, pois é resultado de um trabalho nosso. A audiência pública na qual foi discutida a implantação do Curso de Ciências Contábeis na UFMS, em Campo Grande, foi realizada no dia 06 de junho na Assembleia Legislativa de Mato Grosso Sul, proposta pelo deputado estadual Professor Rinaldo Modesto, em atendimento à solicitação do CRC/MS. Nós, do Conselho, abraçamos a causa devido ao fato de Campo Grande ser uma das poucas capitais brasileiras que não dispõem do curso em universidade pública e também pelo fato de que recebermos, constantemente, inúmeras solicitações de pessoas que sonham ingressar no curso superior de Ciências Contábeis e que não possuem condições para cursar uma universidade particular.

 

A Crítica – A campanha teve início agora?

Carlos Rubens de Oliveira – Nós iniciamos a campanha em 2010. Encaminhamos ofício à UFMS e a todos os nossos senadores solicitando a implantação e criação do curso no Campus de Campo Grande. Encaminhamos ofícios também aos deputados federais e estaduais solicitando apoio no sentido de intercederem junto à reitoria daquela Instituição reforçando a reivindicação do Conselho para que essa aspiração coletiva possa se concretizar.  De lá para cá, em 2011, realizamos reunião com a reitora Célia Maria da Silva Oliveira e ratificamos o pedido.

Em 2012, fizemos visitas a deputados estaduais e vereadores, reforçando nossa solicitação, e tentamos novos contatos com a reitoria da UFMS. Em janeiro deste ano, no dia 11, nos reunimos com o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Mário Cesar de Oliveira, para quem entregamos ofício com solicitação de apoio. Já no dia 30 de janeiro estivemos no Ministerio da Educação e Cultura, em Brasília, onde participamos de audiência com o secretário de Educação Superior do Ministerio. Protocolamos, também, expediente ao ministro da Educação Aluizio Mercadante, com cópias de todos os documentos de solicitação para implantação e criação do curso.

 

A Crítica – Por que o CRC/MS pretende ver implantado o Curso de Ciências Contábeis na UFMS? A profissão desperta o interesse das pessoas?

Carlos Rubens de Oliveira – Porque a contabilidade é a quarta profissão mais demandada no Brasil e um curso de Ciências Contábeis numa universidade federal vai elevar a qualidade do ensino, vai estabelecer uma condição diferenciada de profissionais no mercado de trabalho, além de elevar o índice de aprovação no Exame de Suficiência. A sociedade, como um todo, será beneficiada. Além disso, irá proporcionar aos estudantes o acesso à pesquisa e extensão, e haverá a possibilidade da oferta de cursos de Mestrado e Doutorado, o que vai incentivar o desenvolvimento e estímulo ao conhecimento filosófico, científico e tecnológico da Ciência Contábil. E também, porque a cada nova empresa que é constituída, independente de seu porte ou segmento, é obrigatório por lei que seja contratado o serviço de um profissional da área contábil.

 

A Crítica – Para atuar na área existe a obrigatoriedade de diploma em curso superior?

Carlos Rubens de Oliveira – A partir de 2015, quem quiser atuar na área contábil terá de, obrigatoriamente, cursar Ciências Contábeis em nível superior. Por isso estamos empenhados nessa luta. A implantação do curso na UFMS vai possibilitar o acesso de jovens que não possuem condições para cursar uma universidade particular, garantindo a sua inserção em um mercado de trabalho que oferece inúmeras possibilidades profissionais e o acesso a uma das melhores, maiores e mais bem organizadas profissões do país.

 

A Crítica – Falando em crescimento da profissão, o CRC/MS deverá ganhar uma nova sede?

Carlos Rubens de Oliveira – Sim, é verdade. No dia 26 de março deste ano assinamos o contrato com a empresa vencedora do processo licitatório para realização dos serviços. Com projeto arquitetônico moderno, bonita e funcional, a nova sede será construída em área nobre de Campo Grande, na entrada do Parque dos Poderes, na Avenida Mato Grosso. A empresa já iniciou às obras e deverá concluir os trabalhos e entregá-la até o final desse ano. A nova sede contará com estacionamento para os profissionais contábeis, visitantes e funcionários, e ainda com auditório para realização dos eventos da entidade que hoje são realizados em espaços cedidos ou locados. Iremos proporcionar muito mais conforto e comodidade ao profissional da contabilidade e à sociedade sul-mato-grossense.

 

A Crítica – Com relação às metas de sua administração, qual é a concepção dos projetos denominados “CRC Vai aos Bairros”, em Campo Grande, e “CRC em Ação no Interior”, ambos desenvolvidos pelo Conselho Regional?

Carlos Rubens de Oliveira – Com esses projetos estamos levando o CRC/MS até os profissionais, nos bairros onde residem, e trazendo os contabilistas dos bairros para o CRC, disseminando informações e orientações. Ele surgiu porque apesar de o Conselho vir investindo continuamente na capacitação dos profissionais por meio de atividades do Programa de Educação Continuada, cujo escopo é a fiscalização preventiva visando proteger a sociedade, queremos valorizar os profissionais por meio da melhoria na qualificação e no desempenho das suas funções. Nós os iniciamos em 2010. Percorremos quase todos os municípios do interior realizando mesas redondas com os profissionais para  apresentar o projeto e definir o cronograma de Implantação e desenvolvimento. Começamos por Campo Grande e ampliamos pelo interior, tendo como pólo as maiores cidades do Estado. Para facilitar o trabalho de visitas e reuniões, as cidades maiores são divididas por regiões.

 

A Crítica – Qual a meta final dos projetos?

Carlos Rubens de Oliveira – Nossa meta é que ao final do projeto o CRC/MS consiga melhorar a qualidade de vida dos profissionais das regiões atendidas. Para o êxito da iniciativa contamos com o apoio de interlocutores ou coordenadores, profissionais contábeis escolhidos pelos colegas que têm como função indicar e organizar locais para realização de palestras e reuniões, além de mobilizar os colegas para estarem participando do evento. O CRC/MS é o responsável por toda a infra-estrutura, incluindo palestrante e equipamentos.

 

A Crítica – O CRC/MS Lançou nesse ano o seu 1º Balanço Socioambiental. Qual o objetivo do documento?

Carlos Rubens de Oliveira – Ele visa dar continuidade ao processo de incorporação da responsabilidade social em nossa gestão. Demonstra as atividades sociais e ambientais desenvolvidas, internas e externas. Nós criamos uma comissão, composta por funcionários do Regional e coordenada pela Diretora Executiva do CRC/MS, contadora Selma Cristina de Oliveira Silva, que ficou responsável pela elaboração do documento. Em reunião plenária realizada em maio deste ano ela fez a apresentação e entrega oficial do 1º Balanço Socioambiental da instituição aos nossos conselheiros.

 

A Crítica – O CRC/MS Conseguiu junto a Receita Federal uma Unidade Móvel Itinerante para atender municípios do interior. Como funciona esse serviço?

Carlos Rubens de Oliveira –Trata-se do Projeto “Receita Federal na sua cidade”, uma parceria entre a Delegacia da Receita Federal em Campo Grande, Conselho Regional de Contabilidade de MS e SESCON/MS, que visa aproximar a Receita Federal do cidadão, levando serviços e orientações a municípios onde não existem unidades de atendimento local. Visa ainda a orientar os contribuintes quanto aos serviços disponíveis na página da RFB e realizar reuniões com contabilistas locais para divulgação dos serviços disponíveis no e-CAC, esclarecendo as dúvidas mais frequentes. Por meio do programa, desenvolvemos palestras sobre Educação Fiscal e “mesas-redondas” com o presidente e vice-presidente do CRC/MS para os profissionais contábeis, abordando os Projetos do Programa de Voluntariado da Classe Contábil e o Projeto “CRC em Ação no Interior”. O atendimento é feito através do ônibus da Receita Federal, com atendentes do Centro de Atendimento ao Cidadão. O primeiro município a ser atendido foi Chapadão do Sul, onde a Receita identificou grande demanda por parte da população. Coxim foi o segundo.

 

A Crítica – O Conselho tem realizado mesas-redondas em municípios do interior. Qual é o objetivo desses eventos?

Carlos Rubens de Oliveira – Dar continuidade a um projeto de aproximação entre a Capital e interior, visando descentralizar as ações da administração e melhor atender o profissional da contabilidade que lá reside, além de divulgar e incentivar as doações para o Fundo da Criança e do Adolescente. Promovemos também visitas às prefeituras, principalmente às secretarias de Assistência Social, no intuito de orientar os administradores quanto à facilidade para captar as doações através de sites, como por exemplo, o “Clique Esperança”, criado em Campo Grande. Trata-se de um trabalho que começamos em 2004 e que prossegue até hoje, levando esclarecimento aos contabilistas e à sociedade sobre a importância das doações. Essa iniciativa se dá por meio do projeto institucional “Mobilização Social para doações ao Funcriança”, do Programa de Voluntariado da Classe Contábil, criado com a finalidade de sensibilizar os profissionais da contabilidade sobre a importância das ações de voluntariado.

 

Fonte: A Crítica - MS

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